Criança queres saber como acalmar-te, descansar melhor e/ou aprender mais rapidamente na escola?
Adulto queres acalmar o coração do teu filho ou aluno? Queres ensinar uma criança a autoregular-se e a compreender as suas emoções? Queres um bocadinho de silêncio em casa?
Chegaste ao lugar certo!
“Já tentei que o meu filho faça meditação, mas não consigo, não é mesmo para ele. Para ele acalmar o melhor é mesmo o futebol”

A meditação é viciante, acreditem! É como um bálsamo para o cérebro tanto de adultos como de crianças. Para as crianças, ficar em silêncio sem ouvir nada é algo parecido a tortura já que não lhes é natural mesmo, por isso, a meditação guiada funciona muito bem, uma vez que elas têm uma enorme facilidade em viajar dentro das suas próprias cabeças. Imaginam sem muito esforço seres extraordinários em lugares fantásticos e ficam na expectativa do que acontecerá a seguir. Em relação ao futebol, ou a qualquer outra atividade física nada contra, é até muito recomendável e saudável, no entanto, estas atividades mais físicas digamos assim, não têm propriamente o objetivo de acalmar, pelo contrário, estimulam ainda mais a sua energia natural.
“Mas então ponho ele a fazer meditação ou a ir ao futebol?”

Tanto a atividade física como a meditação têm o seu lugar. Uma não exclui a outra, na realidade elas beneficiam-se mutuamente, complementam-se. Uma criança equilibrada emocionalmente, com foco nos objetivos, segura de si mesma terá, com certeza um melhor rendimento no desporto como na sua vida pessoal. Todos sabemos como a atividade física é importante para nos mantermos saudáveis, tanto a nível físico como psicológico e emocional.
Em relação ao futebol em específico, na minha opinião pessoal, acaba por desenvolver-se desnecessariamente, não sei se devido à nossa cultura, um ambiente muito agressivo dentro e fora de campo mesmo quando se tratam de grupos de crianças. É estranho, visto que há desportos com mais contacto físico, supostamente mais “agressivos” para quem vê de fora, no entanto, observa-se muito mais respeito e entreajuda tanto por parte das crianças como por parte dos adultos envolvidos. Acredito que o problema não seja o futebol em si, no entanto, nesta altura, quando se observa pais a dizerem para o filho passar uma rasteira a um jogador da outra equipa sem o árbitro ver ou a ofenderem os adversários, algo de errado se passa de facto.
“Vê-se mesmo que não conheces o meu filho, ele não pára quieto. Como faço?”
Cá em casa sempre tentámos fazer alguns momentos de silêncio, o que nem sempre é fácil, mas como todos a gritar ao mesmo tempo não nos estava a levar a lado nenhum, o melhor foi mandar os putos fecharem os olhos e fazer silêncio, quanto eu fazia contagem regressiva, sendo que, caso algum deles abrisse os olhos mais cedo do que o estipulado, recomeçaríamos a contagem. Claro que eles abriam os olhos no início, claro que se lembravam de uma pergunta para fazer a meio da contagem e claro que no início, era mesmo só de 10 até 0 (ou de 5 bem lento). Agora eles gostam tanto que são eles que pedem, com contagem regressiva ou com histórias.
Inicialmente, podes começar por pedir à criança que feche os olhos e respire devagar por um determinado período de tempo. Adicionar as contagens é boa ideia porque eles ficam com a noção de quanto tempo falta e esforçam-se por aguentar mais um bocadinho. Acredita, apenas 10 segundos de silêncio podem fazer toda a diferenças nas vossas vidas. Também, aquirir uma rotina é boa ideia, por exemplo o audio de uma meditação para crianças todas as noites antes de adormecer para que descanse melhor ou antes de uma determinada hora do dia que costuma ser mais conturbada, como o jantar ou o banho.
Quando a criança gosta de uma meditação ou som em especial e efetivamente, essa meditação funcionou muito bem nesse dia, a mesma meditação pode e deve ser ouvida várias vezes, pois, a certa altura, os mesmos sons funcionarão como um código para o cérebro e a partir do momento que a criança faz esta associação, colherá os benefícios da meditação mais rapidamente.